Olhares feministas sobre o Direito das Famílias Contemporâneo “Trata-se, nesse sentido, de texto verdadeiramente pioneiro no Direito de Fa¬mília brasileiro. Relevantes estudos anteriores sobre a mulher e as relações de família já empregavam com maestria referenciais teóricos do feminismo, mas, diversamente do texto que ora se apresenta, não se definiam explícita e estru¬turalmente a partir dessa perspectiva. Eis, portanto, o primeiro grande mérito da obra de Ligia Ziggiotti de Oliveira, que consiste em afirmar seu lugar teórico, e a partir dele se impulsionar do ponto de vista metodológico”. Carlos Eduardo Pianovski Ruzyk “Trata-se de extraordinária contribuição sob o enfoque crítico das atuais trans¬formações no Direito das Famílias, hoje informado pela busca do equilíbrio entre a identidade-eu e a identidade-nós nas relações de conjugalidade e de parentalidade, a compor a dialética entre individualidade e alteridade em fa¬mília à luz da chamada concepção eudemonista”. Flávia Piovesan “Essa obra de Ligia Ziggiotti de Oliveira é uma das poucas obras jurídicas contemporâneas que abordam a temática feminista e sua interconexão com o Direito. Escapando ao formalismo do Direito mas também ao pressuposto da igualdade formal e genérica, Ligia Ziggiotti de Oliveira destaca a necessi¬dade de ‘ressignificação da família nos discursos e nas práticas jurídicas’. De uma forma imprescindível ao mundo contemporâneo, a obra contribui para o aprofundamento da igualdade material de gêneros e de identidade sexual, concretizando as disposições igualitárias dos arts. 1o e 3o da Constituição da República de 1988”. Elisa Cruz “O Direito das Famílias, em certa medida, só muito recentemente assume um viés emancipador. No entanto, muitas destas conquistas (hoje em risco) care¬cem de um maior aprofundamento, reflexão e efetividade. Há muito o que se fazer e se pensar ainda. Nas palavras da autora, ‘sem recair no pessimismo de quem anuncia, no Direito das Famílias, batalha inglória, sem chance sequer de instrumentalização de interesses legítimos, nem na celebração de quem considera tal terreno em marcha de evolução suficientemente segura, muito menos no saudosismo de quem rejeita as recentes transformações positivas, entende-se que se deve navegar segundo os ventos que mudam os rumos das experiências mais vulneradas’”. Sérgio Said Staut Júnior. “De modo coerente entre prática e profundidade teórica, esta obra dá visibilidade para a análise do cuidado no equilíbrio entre as proteções da infância e de gênero, denotando o quão relevante são os esforços de reflexão da produção jurídica para os desafios contemporâneos em torno das temáticas da realidade mutante. Isto porque aborda as relações de Direito das Famílias na conjectura atual, trazendo as inter-relações que podem surgir a partir da perspectiva da teoria do cuidado.” Ana Carla Harmatiuk Matos Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Mestre em Derecho Humano pela Universidad Internacional de Andalucía. Tutora in Diritto na Universidade di Pisa-Itália. Professora Titular de Direito Civil na Graduação, Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Paraná. Vice-Presidente do IBDCivil. Diretora Regional-Sul do IBDFAM. Advogada. Conselheira Estadual da OAB-PR. “A grande potência deste livro reside em sua capacidade de articular teoria crítica, análise histórica e proposição normativa a partir de uma leitura interseccional das vulnerabilidades. A autora não apenas denuncia as assimetrias de poder que atravessam o cuidado, mas propõe sua reorganização como fundamento para a construção de práticas sociais, de políticas públicas e de legislações voltadas à promoção da justiça social.Ao reconhecer que todos os seres humanos são vulneráveis — ainda que de formas distintas — e que o cuidado é condição de possibilidade da vida digna, Lígia Ziggiotti de Oliveira nos convida a repensar o próprio projeto de sociedade. O cuidado, aqui, não é apenas uma categoria jurídica, mas um horizonte ético e político para a reconstrução democrática do Direito. Portanto, este livro é leitura indispensável para magistradas e magistrados, defensoras e defensores públicos, promotoras e promotores de justiça, advogadas e advogados, pesquisadoras e pesquisadores, e todas as pessoas comprometidas com a construção de um direito mais justo, inclusivo e sensível às complexidades da vida.” Eduardo Augusto Salomão Cambi Desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. Professor Associado da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e da Faculdade Assis Gurgacz (FAG). Pós-Doutor em Direito pela Università degli Studi di Pavia (Itália). Doutor e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Membro da Academia Paranaense de Letras urídicas.