De cores indianas

Com referências no hinduísmo e tradição como atração turística, o Holi Festival também inspira leituras

 

Quem já viveu a experiência diz que tentar explicar a um brasileiro sobre o Holi Festival (ou Festival das Cores, em livre tradução), que acontece anualmente na Índia, seria o mesmo que descrever o Carnaval do Brasil para um indiano.

Ainda que uma festa não tenha nada a ver com a outra, trata-se de um costume tão culturalmente enraizado que a compreensão, neste caso, dependeria no mínimo da vivência in loco para se ter ideia da intensidade da celebração.

A festa indiana acontece sempre entre fevereiro e março. Nos dias 9 e 10 deste mês marca novamente o fim do inverno e o início da primavera. Simbolicamente, também tem a ver com a vitória do bem sobre o mal, que coexistem e se enfrentam continuamente.

Hoje também uma grande atração turística, o Holi Festival tem suas origens na diversidade do hinduísmo, tradição religiosa plural que, em toda a sua complexidade, passa pela ancestralidade milenar dos muitos valores e crenças relacionadas aos períodos históricos e regiões da Índia.

O pluralismo de cultos, deuses e seitas – jainismo, samkhya e yoga, bramanismo, budismo, tantra, por exemplo –, as escolas filosóficas e místicas e as misturas de monoteísmo, politeísmo e panteísmo, reforçando o caráter múltiplo e sincrético que está na origem da própria religião indiana, são algumas referências das muitas “filosofias” da Índia.

 

Foto Divulgação

A virtude da raiva e outras lições espirituais do meu avô Mahatma Gandhi
Como indica o título publicado pela Sextante/GMT, o autor do livro, Arun Gandhi, é neto de Mahatma Gandhi (1869-1948), o grande líder pacifista indiano. Na história contada por Arun, temas como formação da identidade, gerenciamento da raiva, depressão, solidão, amizade e família ganham a luz dos ensinamentos de Gandhi.

 

 

 

O Bhagavad-Gita
O livro de Georg e Brenda Feuerstein para a editora Pensamento é uma das edições do grande poema épico que há mais de dois mil anos serve como orientação e referência para os que buscam a libertação por meio de uma vida de conhecimento, devoção e ação – algo que está na essência hinduísta. Há quem dedique a vida à compreensão do Bhagavad-Gita e esta edição traz várias notas explicativas detalhadas e a íntegra do texto em sânscrito.

 

 

Índia
Da Editora Konemann, o livro com fotos de Katja Sassmannshausen e de Thilo Scheu impacta pela grandiosidade de imagens e a “tradução” de muitos dos cenários que, de um jeito ou de outro, são associados ao hinduísmo, inclusive pela dimensão e força da natureza em proporções surpreendentes. São 400 fotos e é uma edição e tanto para se familiarizar com a Índia em toda a sua diversidade.