O que se encontra nessa coletânea são poesias intensas, de alta voltagem! São tessituras; fiar e desfiar de linguagem que jorram das experiências de vida do autor, das mais cotidianas às mais intensas, e que aos poucos se escrevem através de poemas inquietantes, (des)concertantes. Na “intensidade ligeira” de seus poemas, o autor vai nos lembrando, assim como João Guimarães Rosa, em Grandes sertão: veredas, que “muita coisa importante na vida falta nome” . O que não o impede de inventar palavras que encantam e deformam os espaços e o tempo habituais. Como o amanhã e o ontem, o aqui e o ali, que sempre se confundem em cada um de nós.