SERÁ QUE ELE É? – GIL MONTEIRO – INDEPENDENTE

Existe uma pergunta que sempre ronda a vida de pessoas LGBT+: “será que fulano/fulana é?”. Uma orientação sexual dissidente, alguém que não seja heterossexual, deve ter recebido olhares desconfiados, ou percebido pessoas que argumentavam sobre sua sexualidade, seja durante a infância, adolescência ou já na fase adulta. Nesta sua estreia como escritor, o autor compartilha algumas situações em que os questionamentos acerca da sua sexualidade aconteceram, tal como no refrão da marchinha de Carnaval tão conhecida Brasil afora: Será que ele é?. O livro vem com um prefácio muito especial do ator Carmo Dalla Vechia, um dos galãs da TV Globo que tornou público seu casamento homoafetivo e tem se consolidado como uma voz relevante quantos aos temas LGBT+ no Brasil. Passagens da infância, quando não sabe bem ao certo dar nome para a admiração que sentia pelo relojoeiro da cidade. Já na adolescência, ele traz as paixões reprimidas por colegas de escola que jamais puderam ser declaradas. A experiência religiosa, de família cristão católica, como o peso da culpa foi sendo introjetado aos poucos nas ideias do autor. Situações delicadas de abuso, passagens por prostíbulos, beijar meninas para ser aceito em grupos de amigos, brincadeiras desagradáveis do seu chefe e colegas de trabalho em um ambiente machista e homofóbico de construtoras. Tudo isso aliado ao fato de que o autor construiu uma carreira como cantor e compositor que se consolidou no meio cristão católico. Em detalhes, alguns capítulos revelam os cancelamentos que recebeu. Por outro lado, o livro revela um caminho de superação quando conta sobre o casamento do autor que ocorreu em meio à pandemia de COVID-19. E mostra como os limões se tornaram limonadas por meio de novas músicas. Dono de um repertório musical vai do pop rock ao folk, vai acumulando mais de 24 milhões de visualizações em seu canal no youtube e perto de 100 mil seguidores em suas redes sociais e plataformas de streaming, enquanto levanta a bandeira do amor, da transformação da vergonha em orgulho, ainda mais agora com seu primeiro livro: Será que ele é?