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PELO BURACO DA FECHADURA: EU VI UM BAILE DE DEBUTANTES – MARIO PRATA – ED. GERAÇÃO

25 de outubro de 2023 das 18:00 as 21:00

As memórias de Mario Prata, com humor e ternura

“Com toques de incrível humor e comovente ternura, Mario Prata nos faz rir e chorar com suas memórias contadas de um jeito absolutamente extraordinário. Um resgate muito pessoal de um período do nosso país, em especial da nossa vida cultural. É como se estivesse nos contando sua história e a do Brasil numa mesa de bar. Tomando Cuba Libre.” Assim o editor da Geração Editorial, Luiz Fernando Emediato, apresenta o novo livro de Mario Prata, autor de muitos bestsellers, como o engraçadíssimo “Diário de um Magro”.

Ele escreveu 10 peças de teatro, seis telenovelas, cinco séries, mais de três mil crônicas, sete roteiros de cinema, 23 livros e esta´ em seis antologias de crônicas. Foi premiado no Brasil e no exterior (Cuba, Uruguai, Espanha, Portugal, Colômbia e Inglaterra). Como jornalista, trabalhou na Gazeta de Lins, O Pasquim, U´ltima Hora, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Isto E´, Planeta, Careta e Playboy. Esse é Mário Prata, que, no livro
“Pelo buraco da fechadura vi um baile de debutantes” diz ter feito uma “quase biografia”
na qual conta casos vividos ao longo de sete décadas.

Com a palavra o filho Antonio Prata, que assina o prefácio.” Meu pai é a pessoa mais engraçada que existe”. E continua: “Com meu pai, aprendi desde cedo que a literatura não é um evento chique ao qual devemos comparecer de terno e gravata. É um encontro ao qual podemos ir com a roupa e a atitude do momento, sem afetação. A literatura do meu pai trata, como diria o grande Antonio Cândido, da “vida ao rés do chão”. A minha também – e sou grato a ele por me dar esta chave.”

E continua: “Ler este livro é ouvir meu pai falando. É vê-lo em diversos momentos da vida pelo buraco da fechadura. Aqui estão todas as histórias que eu cresci escutando. As tias papudinhas de Uberaba. A infância em Lins. O colégio “dos padre”. A vinda pra São Paulo. Seus encontros com pessoas incríveis, famosas ou não.”

Pelo livro passam familiares (ascendentes e descendentes), amigos, atores, atrizes, diretores de TV e cinema, intelectuais, músicos, políticos, censores da ditadura militar, uma galeria de personagens descritos de forma absolutamente original e humana.

Para a escritora Cassia Janeiro, “trata-se de um livro de memórias esparsas, sem compromisso com a linearidade. Cada peça, por si, constitui uma narrativa independente, mas, consideradas no todo, formam um mosaico sensível e humano de um contexto histórico que foi efetivamente vivido pelo narrador. Não é, portanto, um relato objetivo, mas um enredo difícil de largar, justamente pelo seu conteúdo e olhar humanos.”

Uma pequena amostra do humor de Mario Prata, lembrando uma cena de sua adolescência na escola dos padres: “Numa manhã fomos acordados com uma sineta muito maior e mais barulhenta, ensurdecedora. E, na outra mão, uma daquelas tesouras de cortar plantas, imensa. O padre Bostero abria e fechava aquela ferramenta com ódio, quase babando as babas do diabo de Cortázar.

– De amanhã em diante, cada pirulito para fora do pijama será cortado sumariamente. (E abria e fechava a tesourona). E faremos um grande churrasco no sábado, onde cada um vai comer a linguiça do outro. E agora, rezemos ao Senhor! Ajoelhamos e rezamos.”

Orelha do livro por Maria Prata

Com esta orelha aqui, somam-se nove na criação deste livro: um par do meu pai, o autor; outro do Pedro, meu irmão que assina a foto dele; mais um do Antonio, o irmão do prefácio; as minhas duas, claro; e essa, de papel, mesmo, que você tem em mãos. Estou aqui contando orelhas porque é a primeira vez que meu pai junta os filhos para estarem com ele em um livro. E faz todo o sentido, uma vez que o livro são as memórias dele. E que memórias! Meu pai, assim como grande parte da família Prata, é um exímio contador de histórias. Passei parte da vida, portanto, ouvindo muitas das que estão aqui ? e outra parte vivendo algumas delas. Desde que me entendo por gente, quando estou com meu pai, uma cena se repete: ele sentado, falando, falando, e um tanto de gente em volta, atenta.

E gargalhadas. Este livro é como ter meu pai nas mãos. Ele, aqui comigo, com você, contando essas histórias. Mas agora, além de fazer você gargalhar, também vai surpreendê-lo, relembrar, aprender e até mesmo fazê-lo chorar, quem sabe? O livro tem histórias incríveis, que falam com todo mundo ? a da batalha da Maria Antonia e outros momentos da ditadura, por exemplo.

Mas muitas outras, bastante pessoais, que não interessariam a ninguém não fosse o faro fino que o autor tem para entender o que nasce para ser contado – se bem contado, claro. E isso ele faz como ninguém. Poder ter Mario Prata te contando histórias assim, ao pé da (ih, mais uma) orelha, é privilégio. Boa leitura!

Detalhes

Data:
25 de outubro de 2023
Hora:
18:00 as 21:00

Local

Fradique
Rua Fradique Coutinho, 915 - Pinheiros
São Paulo, São Paulo 05416-011 Brasil
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Telefone:
(11) 3814-5811