De heróis e vilões

Escrevo este texto antes do terceiro e decisivo jogo do Brasil, Argentina e Alemanha. Será que passaram para as oitavas de final ou decepcionaram centenas de milhões de pessoas ao redor do planeta?
Heróis se tornaram vilões? Na Alemanha, não vejo a desclassificação como um grande gerador de problemas internos. Vão superar rapidinho e tocar a vida.
Nos dois países “hermanos”, porém, o mundo vai cair em cima de Neymar e Messi, abrindo feridas e resvalando pesado nos dois treinadores. Sampaoli, aliás, pelo que li, não apita mais nada dentro e fora do vestiário portenho.
A Tite provavelmente será dada nova oportunidade, pois a sua competência foi demonstrada até o início da Copa.
Se Messi jogar o que sabe (no jogo após o fechamento desta edição), voltará à condição de herói. Hoje é criticado por jamais ter assumido na seleção argentina o brilho de Maradona e, principalmente, conquistado uma Copa do Mundo.
Ele foi muito maior do que Maradona como jogador de clube. Ganhou tudo o que podia. Melhor do mundo por cinco vezes. Mas não ergueu a taça do mundial.
O nosso Neymar entrou em campo para disputar a posição de melhor do mundo com Cristiano Ronaldo e Messi.
Talvez este peso tenha produzido um Neymar com desempenho muito abaixo da expectativa de todos, certamente dele mesmo.
Altos e baixos na vida profissional ou pessoal não são novidade ou exclusividade de grupos específicos. Impossível ao longo de uma vida não sofrer reveses ou passar por momentos difíceis. No entanto, temos mais empatia com quem, nestas horas, demonstra comportamento e humildade compatíveis com aquela situação.
Toleramos menos a arrogância ou demonstração (irreal) de superioridade.
Tomara que o Brasil tenha avançado na Rússia. Adoro e me emociono quando a Cleo, minha netinha de 1 ano e 9 meses, grita “Brasil, Brasil” acompanhado de palminhas até que muito bem sincronizadas.

Boa leitura.
Abraços.

Samuel.