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GRAVITAÇÃO E COSMOLOGIA – O BISTROT E OUTRAS HISTÓRIAS – TRABALHOS SELECIONADOS (1196-2018) – MANOEL BORGES – ED. APPRIS

5 de agosto de 2022 das 19:00 as 21:00

 

A gravidade permeia o universo. é ela que mantém unidas bilhões de estrelas da nossa Via Láctea e faz com que a Terra se movimente ao redor do Sol, e a Lua em volta da Terra; é ela, ademais, que faz com que as maçãs maduras e os aviões avariados caiam em direção ao solo. Três nomes ao longo da história destacam-se no desenvolvimento de uma teoria e uma maior compreensão sobre a gravidade: i) Galileu Galilei, que foi pioneiro a estudar o processo de queda livre e da queda num meio que oferece resistência; ii) Isaac Newton, que foi o primeiro a ter a noção da gravidade como uma força universal; e iii) Albert Einstein, que disse que a gravidade não é nada mais que a curvatura do continuum espaço-tempo quadri-dimensional. A teoria de Einstein contribui para a comunicação (smartphones, celulares etc.) e para o estabelecimento do sistema de posicionamento global (GPS). De um ponto de vista menos prático, mas não menos importante, a Relatividade Geral (RG) contribui para compreensão sobre a estrutura e evolução do universo. A Teoria de Einstein é necessária para descrever efeitos da gravidade, tais como dilatação do tempo e a curvatura da luz, comprovada no eclipse solar de 1919, ocorrido em Sobral, no ensolarado céu do Brasil. Quando aplicada a campos gravitacionais fortes, a RG resulta na existência de Buracos Negros. Buracos Negros, deflexão da luz ao passar próxima a um campo gravitacional curvo (como o produzido por uma estrela) e o avanço do periélio de Mercúrio serão estudados ao longo do texto. O aspecto mais revolucionário da Relatividade, no entanto, talvez seja não apenas a predição de fenômenos sutis, quanto os brevemente aqui descritos, mas o surgimento de exigências estéticas a condições e evidências fenomenológicas. Segundo o próprio Einstein, em conferência proferida perante a Academia Prussiana de Ciências em 27 de janeiro de 1921: A experiência sugere conceitos matemáticos apropriados, mas eles não necessariamente deduzir-se-ão dela; o princípio criativo reside na matemática. Num certo sentido eu julgo verdadeiro que o pensamento puro pode compreender a realidade como os antigos sonharam (EINSTEIN, 1921). Manoel Borges é professor Titular da UNESP (Universidade Estadual Paulista) desde 2007. Possui graduação em Física pela Universidade de Brasília (1978 , é Doutorado em Matemática pelo “King””s College- University of London” (1986) e pós-doutorado pelo “Department of Mathematics and Applied Mathematics, University of Cape Town (UCT), Cape Town

 

“O que é o tempo? O que é a verdade? Concordo com J. L. Borges (1899-1986), para quem o tempo não existe: é apenas uma convenção. Além do tempo cronológico existem outras formas de convencionar-se acerca da presença do tempo: há o tempo dos Vikings, em que passado e futuro se entrelaçavam no presente e no qual as bifurcações aconteciam a cada momento. Há, ainda, outro tempo, concebido numa interpretação da teoria de Einstein (1879-1955), o tempo cosmológico, que pode ser cíclico: “O universo evolui ao longo de bilhões de anos para uma ciclicidade (os ciclos do tempo), uma eternidade periódica na qual, de certa forma, o fim evolui para uma configuração passada”, afirma Roger Penrose (2013) cosmólogo da Universidade de Oxford. Há, também, o tempo de Jung (1875-1961), o Kairós (a sincronicidade). Há exemplos desse tipo de comunicação inconsciente no nosso cotidiano: recordar alguma música e ao ligar o rádio do carro, estar tocando a mesma música, ou, ao lembrar-se de alguém, subitamente a pessoa aparece para uma visita. Nestes contos resgatei, ao longo das 12 histórias, indagações acerca da vida e do tempo. O fluir do tempo e suas bifurcações estão presentes em várias histórias. No conto “Pato novo não mergulha fundo?”, a jovem personagem, sem perceber, é incitada a todo o instante a perseguir incessantemente o tempo, alcançando-o com a sua bike. A sincronicidade é contemplada em “Reflexos”, a partir de uma reflexão. Existem muitas outras nuances em cada uma dessas histórias, como derrotas que valem mais que vitórias, em “Helmi Borealis”, gatos falantes, em “Os gatos”, e o encontro inesperado, em “Presente de Natal”. Mas, como diria Umberto Eco, há, em cada livro, “tantas leituras e interpretações possíveis quanto o número de leitores”. Há outras sutilezas no presente texto, mas é melhor que sejam deixadas para as interpretações de cada leitor. Manoel Borgè Brasília, setembro de 2020”

 

 

Escrever sobre uma obra incita duas questões: i) será que se atingiu algum dos objetivos traçados?; ii) será que há importância no conteúdo exposto? Bem, respostas a esses questionamentos sempre devem ser deixadas ao leitor, mas, ao autor da obra, cabe se preocupar com a possibilidade da obra (pelo menos!) despertar alguma curiosidade, alicerçar a imaginação e, como nos bons livros, instigar alguma “aventura” intelectual. Como disse Albert Einstein quando indagado sobre o papel da criatividade no avanço do nosso processo civilizatório, “A imaginação tende a ser mais importante do que o próprio conhecimento”. Mote das empresas contemporâneas que propõem soluções tecnológicas inovadoras (as startups), o despertar e o uso da imaginação acabam por gerar impactos no crescimento e na modernização da sociedade. Quanto a “aventuras” intelectuais que uma boa obra tende a instigar, cabe lembrar o escritor argentino Adolf Bioy Casares: “… Não me lembro quem escreveu, nem onde: “A outra grande aventura são os livros” – tampouco sei muito bem qual era a primeira, as mulheres?, a própria vida?” (prólogo de A outra aventura, Buenos Aires, julho de 1968).
A obra ora publicada, é dividida em três blocos temáticos especializados e distintos. Após uma breve Introdução explicativa e didática sobre cada tema, é apresentada uma coletânea de vários artigos publicados pelo autor e pelos colaboradores ao longo de três décadas. Os dois primeiros blocos (Capítulos 1 e 2) representam uma “aventura” a dimensões maiores (ou iguais) a quatro. O primeiro capítulo é dedicado a teorias de gravitação que generalizem a Teoria de Einstein, principalmente as construídas na Variedade de Grupo; a ênfase aqui é dada a teorias em cinco dimensões. O segundo bloco (Capítulo 2), apresenta extensões dos números complexos em dimensões quatro, oito e dezesseis, construídas por meio de álgebras abstratas, com aplicações à problemas físicos. O último bloco (Capítulo 3) é relacionado à Teoria da Informação e a como o conceito de Entropia pode enriquecer o estudo quantitativo e qualitativo da Transmissão da Informação. 

Detalhes

Data:
5 de agosto de 2022
Hora:
19:00 as 21:00

Local

Shopping Iguatemi – Brasília
SHIN CA 04, BLOCO A
Brasília, Distrito federal 71503-504 Brasil
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Telefone:
(61) 4042-8994