*Matéria publicada na revista Vila Cultural edição 190 (Fevereiro/2020)
Nos meus dias de descanso em janeiro, tirei férias principalmente das notícias. O radinho de pilha do sítio só tocava música e era desligado a cada “ameaça” de atualizações e, principalmente, da Voz do Brasil.
O único deslize ocorreu por conta da morte do líder militar iraniano; isso porque o caseiro queria saber a minha opinião sobre o assunto. “Será que vai ter guerra?”
Essa abstinência de informação foi indolor, não deixou sequelas e contribuiu para que eu descansasse a mente e aproveitasse muito mais a natureza.
Trilhas, cachoeira, minha rede, bons livros, comida caseira e a mulher por perto, sem falar do Fubá, nosso vira-lata. São ou não são férias?
É claro que o dia a dia é diferente, as necessidades são outras e estar conectado faz parte de nossos hábitos. Porém, adaptar-se a cada situação e entregar-se a cada uma delas por inteiro é o desafio, até para poder usufruir de fato os momentos vividos. Caso contrário, a experiência que se lhe apresenta sempre estará incompleta, sempre faltará alguma coisa.
Este talvez tenha sido o maior aprendizado de meus vinte dias “reclusos”: a vivência plena.
Que sejamos plenos naquilo que nos propusermos a fazer nos próximos onze meses.
Boa leitura.
Abraços.
Samuel.