Livros pra namorar

Uma seleção de lançamentos que são ótimos “presentes marcantes” para o Dia dos Namorados

*Matéria publicada na revista Vila Cultural Edição 182 (Junho/2019)

 

O profeta
O livro de Khalil Gibran já foi publicado em mais de 40 idiomas e acaba de ganhar uma bela edição em português da Planeta. Com prefácio da Rupi Kaur, o livro trata de temas como o amor, a amizade, a morte, a natureza, e tem influências que vão de Nietzsche e William Blake à Bíblia. Poeta, ensaísta, filósofo, conferencista e pintor libanês, Gibran nasceu em 1883, morreu jovem, aos 48 anos, e deixou o livro como um legado para intensas reflexões sobre a vida.

 

O apanhador no campo de centeio
Como resistir a uma nova edição (da Todavia) do livro de J. D. Salinger, que marcou vidas e gerações com sua visão crua da adolescência, em prosa ágil, de humor meio anárquico? Caetano W. Galindo assina a tradução para o português com a história de Holden Caulfield que, em pleno Natal, expulso da escola, refugia-se para uma aventura memorável em Nova York. Bom pra quem nunca leu, sempre bom pra reler em diferentes fases da vida.

 

Sumchi – Uma fábula de amor e aventura
Da Companhia das Letras, o livro de Amós Oz retrata com sensibilidade toda a intensidade do primeiro amor com a história de Sumchi, um garoto de 11 anos que cresce na Jerusalém ocupada pelos ingleses e tenta escapar das provocações dos meninos da vizinhança e se aproximar da garota por quem é apaixonado. Ao ganhar uma bicicleta de seu tio Zemach, tem início uma aventura de fantasia e desilusão, medo e amadurecimento, que se dá num dia de verão, em 1947.

 

Nove desconhecidos
Publicado no Brasil pela Intrínseca, o livro de Liane Moriarty, autora de Pequenas grandes mentiras, que virou série na HBO, conta a história de nove pessoas que se encontram em um spa para uma “temporada” de dez dias. É um tempo intenso em que vão acontecer descobertas que têm a ver com autoconhecimento, entre outras questões com as quais a leitura do romance promete surpreender.

 

Ichigo-ichie
Da Sextante, o livro de Francesc Miralles e Héctor García, os mesmos autores de Ikigai, ensina sobre “a arte de transformar cada instante em um momento precioso”. O ponto de partida, que é o título do livro, também já diz muito sobre a harmonização a que se propõe, já que a expressão japonesa ichigo-ichie, usada pela primeira vez há meio milênio pelo criador da tradicional cerimônia do chá, pode ser traduzida como “o que estamos vivendo agora não se repetirá nunca mais.”

 

 

A pequena livraria dos sonhos
Da Arqueiro, o livro de Jenny Colgan tem uma trama cativante protagonizada pela bibliotecária Nina Redmond, que é daquelas que sabem associar cada leitor a uma história ideal. Quando perde seu posto na biblioteca pública, Nina recomeça a vida, entre livros, obviamente, e descobre novas aventuras ao se instalar no vilarejo de Terras Altas, na Escócia, onde se mantém fiel ao desejo de mudar vidas a partir dos livros.

 

 

Minha esposa tem a senha do meu celular
Da Bertrand Brasil, o novo livro de Fabrício Carpinejar, com sua prosa sempre fluente, é um título assumidamente escrito para contemplar leitores românticos, “os que já se apaixonaram ou querem se apaixonar”. Sempre bem-humorado, o escritor apresenta, como diz, uma ode à fidelidade em tempos de amores líquidos, tão breves e passageiros como a maioria das experiências da época digital.

 

 

Branco letal
Da Rocco, o livro de Robert Galbraith, autor de Chamado do cuco, anuncia-se como o mais épico dos romances do escritor. Repleta de mistérios, a história se dá em Londres quando o detetive particular Cormoran Strike e sua sócia Robin Ellacott investigam um crime que o jovem Billy, que tem problemas mentais, imagina ter presenciado na infância.

 

O invisível aos olhos
Da HarperCollins Brasil, o livro de João Doederlein, o @akapoeta, traz textos de amor inspirados em O Pequeno Príncipe, o clássico Antoine de Saint-Exupéry. No embalo da ideia de que o original permite várias interpretações, o propósito de @akapoeta é sensibilizar leitores com uma percepção assumidamente romântica, essencialmente amorosa.

 

 

O mundo da escrita
De Martin Puchner, o livro da Companhia das Letras tem o seguinte subtítulo: Como a literatura transformou a civilização. Para contar trajetória tão fabulosa, Puchner trata tanto da narrativa quanto da evolução das tecnologias criativas – o alfabeto, o papel, a impressão –, que formaram pessoas, comércios e hábitos. A ideia é deixar claro que a literatura, em suma, moldou o mundo.