Escrevo da pequena cidade de Monteiro Lobato.
Aqui o autor viveu parte de sua vida e criou o Sítio do Picapau Amarelo, que deixa de existir em nosso imaginário para se materializar na casa centenária de Dona Benta e na cachoeira onde Narizinho e o simpático príncipe do Reino das Águas Claras se casaram.
Da varanda onde estou, bem à minha frente, avisto as montanhas da Mantiqueira.
De um lado, floresta intocada; de outro, uma fazendinha, algumas vacas soltas no pasto.
Passarinhos voam e cantam livres e felizes.
Hoje fizemos – minha mulher e eu – uma longa trilha acompanhando um riozinho de água cristalina e gelada. De vez em quando, uma cachoeira.
O responsável pelo sítio onde estamos hospedados comentou que viu recentemente uma onça parda e seu filhote, sinal de que em áreas degradadas, como essa já foi, a recuperação da água e da mata é absolutamente possível.
Gostaria de ver a onça. Nunca vi. Pode ser que tenha visto no zoológico, quando criança, mas não lembro.
Nestas férias, a força da natureza e alguns bons livros resgataram a minha fé de que vale a pena batalhar por um mundo melhor.
A luta é longa, árdua e diária, mas necessária.
Boa leitura.
Abraços.
Samuel.
