Todo o acervo do segmento tem redução de preços entre 25% e 60% nos dias 22 e 23 de setembro
“Não há qualquer diferença entre um homem de 40 e outro de 44 anos, mas vá você tentar comunicar-se da mesma maneira com duas pessoas, uma de oito e outra de 12 anos. É preciso conhecer as características psicológicas e afetivas de cada idade, é preciso saber a medida das mudanças dessas características, é preciso compreender essas diferenças, sem julgamentos, sem conselhos, sem pretender solucionar coisa alguma. Se o meu leitor estiver chorando, de nada adianta eu dizer ‘não chore’; basta oferecer-lhe o ombro. Ele só precisa de compreensão; a solução, ele mesmo encontrará.” A declaração de um dos mais prestigiados autores do país, o escritor Pedro Bandeira, à Vila Cultural, é uma ótima citação para ser lembrada no mês da Promoção do Livro Infantojuvenil, que este ano acontece nos dias 22 e 23 de setembro, quando todo o acervo do segmento tem uma redução de preços entre 25% e 60%.
Com acervo que contempla as singularidades de cada fase da infância, a promoção é uma ação de incentivo à leitura possível graças a parceria com diversas editoras, e também uma oportunidade para acessar títulos que são ótimos pretextos para aproximar as crianças, com todas as suas diferenças, dos livros e dos horizontes que se ampliam quando se cultiva o hábito de ler.
Além de títulos e ideias divertidos que movimentam atualmente o mercado editorial, como a coleção Abramente (Catapulta), com volumes para diferentes faixa etárias, sempre no formato de pergunta e respostas, há personagens que já cativaram a audiência dos pequenos, caso da desenvolta Pilar, com suas andanças pela mundo, ou lançamentos como Charlotte no Reino das Fadas do Dente, da dupla Suppa e Miguel Falabella, o ator e diretor que estreia na interlocução com as crianças. “Quando conheci a personagem, fiquei encantado. Charlotte ensina as crianças a verem o mundo de uma nova maneira e a agirem para construir um modelo de vida mais saudável, sustentável e feliz”, afirma Falabella ao comentar o seu “encontro” com a menina criada por Suppa.
“Talvez ler ficção ajude a ter uma cabeça mais lúdica, mais imaginativa. Só que a ficção requer reflexão, interpretação. Ela nos faz pensar em alternativas, no famoso “e se”. A ficção tem esse poder de fazer imaginar caminhos alternativos, pensar sobre o que poderia ser (ou sobre o que poderia ter sido) e não apenas sobre o que é”, disse a escritora e roteirista Flávia de Lins e Silva, criadora da personagem Pilar, cujo livro mais recente se dá entre descobertas e aventuras na China.
“A experiência da aventura pode atravessar toda nossa vida, dependendo da forma como significamos o mundo e nos colocamos em movimento nele. Porém, na infância as descobertas são mais significativas, pois o mundo é mais misterioso e está aí para ser explorado com mais potência da liberdade da imaginação. Quando criança, subir uma escada, entrar num porão, caminhar em cima de um muro podem ser experiências narrativas fantásticas. O livro ilustrado de aventura tem a ver com isso”, disse o artista plástico, escritor e ilustrador Fernando Vilela, que também lança este mês, na loja da Fradique, Aboborela, outro título feito em parceria com Stela Barbieri. Juntos, os dois já publicaram algumas dezenas de títulos que certamente estimularam a imaginação e o gosto pelos livros em incontáveis pequenos leitores.