Clientes da Livraria da Vila têm desconto de 50% no valor do pacote de ingressos para o Fronteiras do Pensamento
Uma conferência especial, que promove o encontro da escritora e atriz Fernanda Torres com o artista plástico Vik Muniz, marca a abertura, no dia 16 de maio, em São Paulo, da temporada 2018 do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento, que este ano tem como tema Mundo em desacordo. Até novembro, estão programados encontros com pensadores de destaque no cenário internacional, nomes tão diversos como o do médico oncologista indiano Siddhartha Mukherjee e do artista plástico chinês Ai Weiwei.
Clientes da Livraria da Vila que possuem o cartão fidelidade Seu jeito de ler têm desconto de 50% ao adquirir o pacote de ingressos para toda a temporada em qualquer loja da livraria. As conferências acontecem no Teatro Santander.
O psicólogo e professor americano Joshua Greene, a escritora e jornalista franco-marroquina Leila Slimani, a escritora francesa Catherine Millet, o escritor espanhol Javier Cercas, o escritor chileno Alejandro Zambra, o cientista político e historiador norte-americano Mark Lilla e o filósofo Luiz Felipe Pondé são os outros conferencistas confirmados para a temporada 2018 (leia a seguir).
Para definir o eixo temático que propõe, o Fronteiras parte de duas questões centrais e que parecem urgentes para a humanidade atualmente: o que ocorre quando identidades religiosas, raciais, de gênero ou de comportamento e cultura tornam-se tão radicalizadas que a sociedade não encontra mais o consenso? E quando reinam a intolerância e o extremismo sobre os direitos de todos?
Se a sociedade envereda pelo caminho das guerras culturais, é a própria democracia que corre riscos, sugere o material de divulgação do evento, que propõe explorar esses temas como desafios para celebrar a diferença sem perder a dimensão do diálogo.
“É na democracia que a pluralidade se manifesta, em sua busca pelo acordo, pela tolerância e pela harmonia. Mas, quando as guerras culturais se fazem presentes, os direitos, o respeito e a igualdade sofrem abalos. No mundo em desacordo, é preciso incentivar, cada vez mais, as liberdades individuais, o diálogo e os novos consensos”, diz o curador do projeto, Fernando Schüler.
O ponto central da reflexão, ele argumenta, é entender como as guerras culturais marcam a migração dos temas éticos para o centro do debate público, levando questões como o sentido e os limites da arte, a natureza do casamento e da família, o papel da mulher e do homem na sociedade, que passam a ser matéria de acirradas discussões político, partidárias e governamentais, não mais se restringindo à esfera dos indivíduos ou da
sociedade civil.
O Fronteiras do Pensamento acontece já há 12 anos e, neste período, realizou mais de 200 conferências internacionais, apresentadas para mais de 170 mil espectadores com o propósito de oferecer perspectivas para a tradução do mundo contemporâneo. Alguns dos mais representativos intelectuais da atualidade passaram pelo palco do Fronteiras, ressaltando a diversidade geográfica, a pluralidade de ideias e a liberdade de expressão em um trabalho que ultrapassou as fronteiras físicas do ciclo de conferências, transformando-se em uma conceituada plataforma de conteúdo. que já gerou vários filmes e vídeos disponíveis na web.
FRONTEIRAS DO PENSAMENTO
O que: Ciclo de conferências internacionais
Quando: início dia 16 de maio, às 20h30, no Teatro Santander, em São Paulo, com conferência da escritora e atriz Fernanda Torres e do artista plástico Vik Muniz, e vai até novembro
Quanto: pacotes com convites para toda a temporada custam R$ 2.990 (plateia) e R$ 1.790 (balcão). Clientes da Livraria da Vila que possuem o cartão fidelidade Seu jeito de ler têm desconto de 50% ao adquirir o pacote em qualquer loja da livraria
Outras informações: no portal www.fronteiras.com e na Central de Relacionamento do evento: (11) 4020-2050
A programação
16 de maio
Fernanda Torres e Vik Muniz
Um debate especial marca o encontro da atriz e escritora Fernanda Torres, autora dos romances Fim e A glória e seu cortejo de horrores, com o artista plástico Vik Muniz, que possui obras expostas nos principais museus do mundo e atua como ativista e embaixador da Boa Vontade da Unesco desde 2011. Fernanda defende que a arte é um mercado a ser explorado e protegido, pois, além de gerar empregos e movimentar a economia, possibilita a educação e a integração social. Muniz é entusiasta da ideia de que a arte resignifica a vida ao ensinar as pessoas a verem e a interpretarem melhor as suas realidades.
30 de maio
Joshua Greene
O psicólogo, neurocientista e filósofo norte-americano, que é professor e pesquisador da Universidade de Harvard, ganhou prestígio e reconhecimento ao investigar como a racionalidade e a emoção afetam as decisões morais. Com pesquisas que envolvem as áreas de intersecção entre a filosofia, a psicologia e a neurociência, é autor do livro Moral tribes – Emotion, reason, and the gap between us and them. Greene analisa que os maiores problemas sociais – guerras, terrorismo, destruição do meio ambiente – surgem da nossa tendência de aplicar o “senso comum” aos problemas da vida moderna.
20 de junho
Leïla Slimani
Vencedora do Prêmio Goncourt por seu romance Canção de ninar, a escritora e jornalista franco-marroquina atua como representante pessoal do presidente Emmanuel Macron para a francofonia. Leïla diz tratar, em sua literatura, das áreas sombrias da alma humana. E afirma que quando escreve não é mulher, nem muçulmana e nem marroquina. Mas alguém capaz de reinventar a si mesmo e ao mundo.
4 de julho
Catherine Millet
Fundadora e editora da Art Press, uma das mais influentes revistas de arte na França, a crítica de arte e escritora é autora do best-seller A vida sexual de Catherine M., que vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares e foi publicado em 45 países. No polêmico livro, ela faz uma abordagem neutra sobre a existência de seu corpo físico – cujo prazer pode estar dissociado dos sentimentos – e de um corpo amoroso, que ela reservou apenas para o marido, o escritor francês Jacques Henric.
5 de setembro
Siddhartha Mukherjee
Vencedor do Prêmio Pulitzer por seu livro O imperador de todos os males – Uma biografia do câncer, o médico e escritor indiano também escreveu de O gene – Uma história íntima. Ele defende que câncer não é uma doença, mas muitas, com uma característica fundamental: o crescimento anormal das células. E que é um exagero dizer que a guerra contra o câncer está perdida. Mas também não é realista afirmar que esta é uma batalha que pode ser completamente vencida.
10 de outubro
Ai Weiwei
Autor de obras das mais irreverentes, o artista plástico, designer e cineasta chinês utiliza o cinema e a internet como instrumentos de ativismo e de crítica ao governo da China e à crise da Europa. Ele entende que seu trabalho é dar voz aos que não têm como falar. Seu projeto mais recente aborda a crise de refugiados em 23 países, tema do filme Human Flow – Não existe lar se não há para onde ir, lançado no ano passado.
24 de outubro
Javier Cercas e Alejandro Zambra
O escritor espanhol Javier Cercas, autor de livros como O impostor, A velocidade da luz e Anatomia de um instante, é referência por mesclar realidade e ficção, usando a literatura para refletir sobre o passado e o presente da Espanha e do Ocidente. Poeta, romancista e ensaísta, o chileno Alejandro Zambra defende que é preciso indagar quais os lugares ocupados pela literatura e o que significa ler e escrever hoje em dia. Seu livro mais recente, publicado no Brasil pelo selo Tusquets, é Múltipla escolha, romance que reflete sobre memória, educação, relacionamentos, política e desigualdade.
21 de novembro
Mark Lilla e Luiz Felipe Pondé
Cientista político e historiador norte-americano, Mark Lilla é professor na Universidade de Columbia e autor de A mente imprudente – Os intelectuais na atividade política. Em 2016, causou polêmica ao assinar um artigo defendendo que a vitória de Donald Trump foi baseada na fixação democrata pela questão da diversidade, pois o partido tornara-se um mero porta-voz dos grupos minoritários que não conversam entre si. O filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé é considerado um dos mais polêmicos pensadores do país. Seu livro mais recente é Amor para corajosos – Reflexões proibidas para menores, que tem o amor romântico, chamado pelos medievais de “doença da alma”, como foco principal.