2018 em livros

Atualíssimas e atemporais, uma sequência de publicações que deram o que falar ao longo do ano

 

 

Pai de menina
O livro que Marcos Mion publicou pela Academia/Planeta deu o que falar, provavelmente pela relevância e repercussão do que ele propõe como reflexão e ação. Ou seja, que o homem, pais em especial, se permitam ser sensíveis, não tendo vergonha de demonstrar amor nem de se envolver com “as coisas de menina”, sabendo sobretudo da importância da figura paterna na vida de uma filha. Ele sugere que o mais importante é seguir a intuição de pai e, acima de tudo, ser presente.

 

A sutil arte de ligar o f*da-se
O livro de Mark Manson publicado no Brasil pela Intrínseca toca numa “tecla” que involuntariamente todo mundo já pensou em acionar nesses tempos contemporâneos tão controversos. Com sagacidade e olhar crítico afiadíssimo, o escritor propõe um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade atual e consciente dos nossos próprios limites diante de tantas exigências, pressões e cobranças.

 

 

Me poupe!
Pela Sextante, a criadora do badalado canal sobre finanças na internet Nathalia Arcuri ensina, de um jeito casual, lições básicas e essenciais de educação financeira. Como economizar no dia a dia? Como poupar mesmo ganhando pouco? Quais são os melhores (e os piores) investimentos? Como poupar para o futuro sem abrir mão dos desejos e necessidades do presente? São perguntas incontornáveis que, respondidas por Arcuri, fazem o maior sucesso seguindo a ideia, como ela diz, de “entretenimento financeiro”.

 

O milagre da manhã
O livro de Hal Elroad para a Best Seller fez muitos leitores terem vontade de sair da cama mais cedo. A proposta é simples e cativante na medida em que são relacionados os benefícios de acordar mais cedo e cultivar isso como um hábito fundamental para desenvolver habilidades e potenciais. A mudança de hábitos e a rotina matinal proposta por Hal vêm com boas e significativas consequências na saúde, no bem-estar, nos relacionamentos e na espiritualidade, entre outras áreas da vida.

 

 

Seja foda!
Caio Carneiro publicou pela Buzz Editora um livro cheio de dicas práticas e boas conversas para tornar a experiência de viver algo relevante dentro das expectativas de cada pessoa. “Aposto que você quer, no final da sua vida, olhar para trás, bater no peito com o coração cheio de felicidade, sem falsa modéstia, com plena convicção e serenidade, e dizer: minha vida foi foda”, ele escreve, dando uma amostra do bom humor que cativou a audiência.

 

Sol na cabeça
Superelogiado, o livro de estreia de Geovani Martins, para a Companhia da Letras, fez e aconteceu com seu “novo realismo” ultrapotente. Nos 13 contos publicados, a infância e a adolescência de moradores de favelas, o prazer dos banhos de mar, das brincadeiras de rua e das paqueras, modulados pela violência e pela discriminação racial, criam uma dinâmica memorável e eletrizante também na experiência da leitura.

 

 

A mulher na janela
O livro de A.J.Finn publicado no Brasil pela Arqueiro chegou com aquele apelo irresistível de “primeiro lugar na lista do The New York Times”. E fez sucesso por aqui também com a história da personagem reclusa que passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e… espionando os vizinhos, inclusive a “família perfeita” que se muda para a casa ao lado. É suspense psicológico engenhoso para quem gosta do gênero.

 

21 lições para o século 21
Do acervo da Companhia da Letras, o livro de Yuval Noah Harari, autor de Sapiens – Uma breve história da humanidade e Homo Deus – Uma breve história do amanhã, leva à risca o título ao explorar as grandes questões do presente. E o que é possível fazer para melhorá-lo. Guerras nucleares, cataclismos ambientais, crises tecnológicas, fake news, ameaças do terrorismo e educação dos filhos são algumas das questões que aparecem quando ele trata do desafio de manter o foco coletivo e individual diante das mudanças frequentes e desconcertantes do mundo.

 

 

Como as democracias morrem
Em ano eleitoral, o livro publicado pela Zahar caiu nas graças de leitores interessados em política e sobretudo nas percepções de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, professores de Harvard, que discutem a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Eles comparam o caso de Trump com exemplos históricos de rompimento da democracia nos últimos cem anos: da ascensão de Hitler e Mussolini nos anos 1930 à atual onda populista de extrema-direita na Europa.

 

A parte que falta
De Shel Silverstein, o livro da Companhia das Letrinhas é uma belezura, daqueles títulos que cativam já a partir da ideia original. Traz como protagonista um ser circular que visivelmente não está completo. Falta-lhe uma parte, tal qual indica o título do livro. E ele acredita que existe pelo mundo uma forma que vai completá-lo perfeitamente e que, quando estiver completo, vai se sentir feliz de vez. Mais universal, impossível.

 

Aqui estamos nós
De vocabulário poderoso para falar com crianças ou adultos, Oliver Jeffers mantém a habilidade neste livro que a Salamandra publicou no Brasil. Trata-se de uma reflexão muito pertinente sobre o planeta que nos acolhe e, principalmente, sobre a vida que levamos nele. Assumindo a voz de um pai que está conversando com seu filho recém-nascido, situação real que inspirou a escrita do livro, Jeffers apresenta a Terra sob diversos pontos de vista.

 

 

E.T. O Extraterrestre
O clássico do cinema ganhou uma versão irresistível em livro com o traço moderno e delicado de Kim Smith, para o catálogo da Intrínseca. A história é adorável: o menino Elliott encontra uma criatura muito diferente e descobre que seu novo amigo vem de outro planeta. Juntos, eles tentam achar um jeito de mandar o E.T. de volta para casa e, no caminho, aprendem importantes lições sobre coragem, amizade e o poder da imaginação.

 

 

A Queda de Gondolin
Da HarperCollins Brasil, o livro de J.R.R. Tolkin é o último dos três Grandes Contos Perdidos do legendário escritor e narra a jornada de Tuor rumo à cidade secreta de Gondolin, refúgio élfico do povo do Rei Turgon. A história começou a ser escrita em 1916 e ganhou vida graças ao trabalho editorial de Christopher Tolkien, filho e executor legal das obras de Tolkien, cujo sucesso mundial inclui obviamente um público fiel e cativo.

 

Caixa de pássaros
Da Intrínseca, o romance de estreia do americano Josh Malerman, que ficou conhecido com contos de primeira, é um thriller psicológico tenso que se propõe explorar a essência do medo. Na trama, ninguém é imune ao surto que provoca comportamentos estranhos, muitas mortes e deixa poucos sobreviventes, entre eles Malorie e seus dois filhos pequenos, com os quais ela sonha fugir para um lugar tranquilo.