A menina e os gigantes

Editora Carochinha lança no Brasil o livro inspirado na história da jovem sueca Greta Thunberg

 

*Matéria publicada na revista Vila Cultural edição 189 (Janeiro/2020)

Foto Divulgação. *Previsão de lançamento 20/01.

Se o tempo não pára e o mundo global segue aceleradíssimo neste 2020, o público infantojuvenil brasileiro nem vai precisar esperar para se atualizar com a dinâmica do mercado editorial internacional. Escrito por Zoë Tucker e ilustrado por Zoe Persico, o livro Greta e os gigantes, inspirado na história de Greta Thunberg – a jovem sueca indicada ao Nobel da Paz 2019 – e publicado originalmente pelo selo Frances Lincoln Children’s Books, da editora britânica Quarto, sai este mês no Brasil pela Carochinha.

No finalzinho de 2019, para desconforto de alguns líderes mundiais, incluindo o presidente do Brasil, Greta foi eleita personalidade do ano pela revista americana Time, dando ainda mais relevância para a questão ambiental, com a qual ela ganhou fama no mundo. É justamente por essa trilha, claro, que a ficção promete encantar.

No livro, a protagonista Greta trava uma luta com os “gigantes”, que devastam florestas para construir casas cada vez maiores e cidades cada vez mais tecnológicas. Preocupados com a destruição cotidiana de seu lar, os animais pedem ajuda a Greta, uma menina que cresceu tendo a floresta como quintal.

A jovem então tem uma ideia: com uma placa exibindo o pedido “PARE!”, vai ao encontro dos gigantes na esperança de ser vista e ouvida por esses seres enormes e ameaçadores. Apesar de sozinha no início, Greta vai recebendo, com o passar do tempo, a ajuda de pessoas que começam a compartilhar de seus ideais e objetivos. Logo ela conquista um grande grupo de apoiadores – fato que dá visibilidade à sua causa perante os gigantes, que, por fim, acabam tomando consciência de seus atos.

Na vida real, Greta, que tem 16 anos, chamou a atenção do mundo com seus discursos impactantes em defesa do ambiente e por uma consciência geracional acerca dos danos que a sociedade tem causado ao planeta. Ela iniciou um movimento de resistência ao exibir, em frente ao parlamento sueco, uma placa na qual sinalizava seu protesto contra a crise climática. Por manter essa vigilância todas as sextas-feiras, o movimento solitário de Greta, iniciado em 2018, repercutiu e foi ganhando adeptos ao redor do mundo, inclusive no Brasil, mobilizando pessoas de todas as idades. Conhecido mundialmente como Fridays For Future, o protesto atualmente recebe o apoio de grandes órgãos mundiais.