A natureza plural

Recentemente estive nos Lençóis Maranhenses e coloquei este paraíso como “a mais impressionante criação da natureza” que já havia visto.

Acabo de voltar de Foz do Iguaçu e aquele complexo de cataratas brasileiras e argentinas me mostrou que não existe “a mais impressionante”, no singular.

A natureza se manifesta no plural. Nas Chapadas, na Amazônia, na Mantiqueira, no Everest, na Patagônia, e por aí vai em todo nosso planeta.

Uma força e exuberância que só a inconsequência do bicho-homem pode ameaçar. Assim como já ameaça algumas espécies de animais, causando desequilíbrio na perfeita harmonia do ciclo natural de vida selvagem.

Por isso, causou-me impacto inesperado a visita ao Parque das Aves, lugar cuja existência eu nem sabia.

A sua história já é improvável: um casal apaixonado por pássaros — ele inglês; ela, alemã — investe em 1992 boa parte de suas economias neste projeto. Em 1994 é inaugurado numa área de 16 hectares o que viria a ser o maior parque de aves da América Latina e um dos maiores do mundo.

De alguns anos para cá estão priorizando o recebimento de aves em extinção ou seriamente feridas, em forte parceria com o Ibama.

É a Natureza que nada pede e nos dá muito mais do que merecemos.

É o Homem que precisa escolher de qual grupo quer fazer parte: o que protege o que é mais sagrado ou o que nos aproxima cada vez mais da lista de raças em extinção.

 

Boa leitura. Abraços.

Samuel Seibel.