*Matéria publicada na revista Vila Cultural edição 191 (Março/2020)
Monteiro Lobato é indiscutivelmente um dos principais nomes da literatura brasileira, principalmente a infantojuvenil. As críticas que recebe por suas posições polêmicas no universo adulto e pela visão de época, por exemplo, na forma de tratar a Tia Anastácia ou na exaltação das caçadas de Pedrinho, nada sustentáveis, são procedentes mas não lhe tiram a originalidade e talento como escritor.
Para meus netos, é presença obrigatória e desejada nas prateleiras. É dele também a frase: “Um país se faz com homens e livros”. Quer frase mais atual, mais pungente, mais explicativa do que vivemos hoje?
Homens com H maiúsculo de Humanidade porque somos todos nós, independentemente de gênero ou qualquer outra questão.
Quanto aos livros, citaria outra frase do próprio Lobato: “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”.
A leitura abre horizontes, mostra as diferenças, leva a lugares inacessíveis, diverte, faz sonhar e ajuda a enfrentar as loucuras da realidade.
Existe um enorme caminho a percorrer para que sejamos tanto uma nação mais séria quanto um país de leitores.
As livrarias são, nesse sentido, o ambiente ideal para exercer a cidadania e apurar a sensibilidade. Assim como o cinema, o teatro, a dança e outras manifestações culturais, tão ameaçadas nestes dias.
Recomendaria também pequenas doses diárias de meditação. Indolor, gratuita e de grande ajuda no equilíbrio mental.
Boa leitura.
Abraços.
Samuel.